Dicas de prevenção a intoxicação no uso de ureia

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Tratando-se de ruminantes, sabemos que o rúmen apresenta determinadas exigências para garantir seu bom funcionamento, e a ação da população de microrganismos nele presente. Dentre essas exigências, uma de suma importância é o nitrogênio (N), que por sua vez, pode ser disponibilizado na forma de proteína verdadeira, encontrada em farelos como os de soja e de algodão, por exemplo, bem como na forma de compostos nitrogenados não proteicos, como a ureia. Por isso, separamos algumas informações e dicas de prevenção a intoxicação no uso de ureia.

Assim, a utilização da ureia na nutrição de ruminantes tem como principal função o fornecimento de nitrogênio não-proteico na dieta, que mediante a ação simbiótica dos microrganismos ruminais é convertida em proteína microbiana, sendo esta tida como uma proteína de alta qualidade ao animal, com baixo custo de implantação e fácil acesso ao produtor.

A ureia pode proporcionar diversos benéficos quando bem empregada, mas seu uso exige atenção. A ureia apresenta alta toxidade quando mal utilizada. Com a aproximação do período chuvoso é necessária ainda mais cautela, a ingestão de alimento com ureia exposto ao acumulo de água no cocho (sopões) pode ocasionar uma grave intoxicação, podendo levar o animal a óbito rapidamente.

Por isso, separamos importantes dicas de prevenção na utilização de dietas com ureia para ruminantes:

  • É essencial um acompanhamento técnico para orientação e escolha da estratégia nutricional mais adequada para cada propriedade.
  • Fornecer em cochos cobertos, com inclinação e furos funcionais na extremidade inferior, afim de evitar o acúmulo de água.
  • Nunca fornecer a ureia dissolvida em água ou em “sopões”, sempre descartar produtos com grande exposição a água.

  • Fazer adaptação com o fornecimento gradual do produto. Após a adaptação ofertar o produto de modo interrupto, se ocorrer alguma suspenção no fornecimento, refazer a adaptação.

  • Evitar fornecer para animais famintos ou em jejum, para que eles não consumam o produto de uma só vez.

  • A mistura da ureia aos demais insumos deve ser feita de maneira homogênea.

  • Sempre se atentar ao consumo voluntário e comportamento dos animais, e diante de uma queda expressiva no consumo voluntário ou a qualquer sinal de intoxicação, suspender o fornecimento da ureia.

Artigo escrito por Breno Betioli

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