Os bovinos são animais acostumados e apreciam uma rotina, ainda mais quando estão no confinamento onde seus hábitos são baseados em: alimentação, ruminação e ócio.
Para isso, é de responsabilidade do produtor manter uma rotina sem interferir negativamente em questões fisiológicas de funcionamento do rúmen que depende da entrada de insumos de maneira frequente e equilibrada. Com isso, modificações nos alimentos que estão acostumados e ritmo da ingestão, podem promover alterações do ambiente ruminal e dos órgãos internos, por exemplo o fígado, e as papilas ruminais.
Portanto, existe uma importância para adaptação do confinamento, com rotinas de manejo bem conduzidas, evitando os atrasos, para que animais saibam os horários do fornecimento da dieta e estejam atentos sobre isso, para evitar disputas durante o acesso ao cocho e para que não ocorra uma ingestão rápida do alimento que pode ocasionar em problemas metabólicos futuros, diminuindo a eficiência produtiva.
Como a nutrição representa o maior custo em um confinamento, a avaliação e o controle na quantidade do fornecimento da dieta é de extrema importância e envolve a primeira atividade de rotina no confinamento com a leitura de cocho. Para que esse procedimento seja eficiente é necessário que os horários dos tratos sejam respeitados rigorosamente, pois pressupõe-se que o consumo avaliado foi realizado em um período de 24 horas.
A leitura de cocho, juntamente com a observação do comportamento dos animais, que irá determinar o ajuste a ser feito na quantidade de dieta fornecida para cada baia, e deve ser realizada pelo menos uma vez por dia, no período da manhã que antecede o primeiro trato, mas é fundamental que seja constante essas observações e caso necessário, incluir uma leitura noturna duas ou três horas após o último trato.
Com relação a quantidade de tratos na rotina do confinamento, sugere-se realizar no mínio dois tratos diários, um no período da manhã e outro no período da tarde, mas cada propriedade irá desempenhar melhor o manejo adotado. Entretanto, mais importante que o horário definido é o respeito aos mesmos, pois variações nos horários dos tratos podem prejudicar o consumo e o desempenho.
Análise de matéria seca dos ingredientes utilizados na dieta, sendo recomendada durante a rotina realizar três vezes por semana nos alimentos volumosos e uma vez por semana na dieta total. Durante o fornecimento a distribuição em toda a linha do cocho é muito importante, para evitar problemas com disputas de território, ocasionando brigas.
Frequentemente deve-se verificar o volume de água e a limpeza do reservatório principal. Os bebedouros devem ser higienizados a cada dois dias, ou conforme melhor se adequar ao operacional do confinamento. O consumo de uma água de qualidade é determinante para o consumo de matéria seca.
Observação das características das fezes permite a inferência em torno da qualidade e do consumo da dieta pelos animais e deve ser realizado diariamente, assim como a ronda sanitária, avaliando se há alguma desordem físicas nos animais, lesões ou sinais de doença, através do comportamento dos animais.
Todas as práticas recomendadas na rotina de um confinamento são possíveis se a equipe operacional estiver alinhado e motivado para o objetivo de trazer ótimos resultados produtivos, com isso o treinamento periódico é recomendado para uma constância melhor na operação.
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Texto escrito por Bruna Rett