Por Cristiano Rossini – Rehagro Blog
A suplementação mineral, ajustada aos objetivos produtivos por categoria e época do ano, é fundamental para a garantia de um bom desempenho dos animais criados em sistema de pastejo.
Além de garantir os níveis mínimos necessários para o perfeito funcionamento fisiológico e metabólico dos animais, existe ainda a expectativa de que o desempenho dos animais seja potencializado quando se utiliza a estratégia suplementar mineral da forma adequada.
Importância da suplementação mineral
Estudos e pesquisas relacionados a importância da suplementação mineral já são realizados há muitos anos e o que se observa de maneira geral, é a necessidade de que os animais sejam suplementados com uma quantidade ótima de minerais onde, nesse caso, é possível observar também o melhor desempenho (avaliando especificamente o quesito disponibilidade de mineral) possível desse animal.
Diferente de carboidratos e proteínas, por exemplo, onde modulamos a quantidade fornecida para os animais visando a potencialização do desempenho nos minerais estabelece-se e devemos fornecer as exigências que garantam um bom desempenho dos animais para cada fase da vida.
Cálcio e Fósforo são os únicos que apresentam exigências para mantença e também exigências para ganho.
Excesso e deficiência do cosumo de mineirais
Existem outras possibilidades, além do consumo ótimo, que podem ser observadas quando avaliamos o consumo de minerais.
Por exemplo, a deficiência no consumo, ou seja, quando os animais consomem níveis inferiores à sua exigência que quando discreta, pode levar a uma deficiência subclínica e, quando mais significativa, a uma deficiência clínica.
O excesso no consumo dos minerais, por outro lado, também pode ser um problema. Pode levar a uma intoxicação subclínica ou até mesmo uma intoxicação clínica quando consumido em maiores quantidades, de acordo com as exigências de cada mineral. Por isso é de extrema importância quando o fornecimento e consequentemente o consumo dos animais, apresenta um ponto ótimo.
Os minerais exigidos hoje para bovinos de corte são 17, divididos em dois grupos, os macro e os microminerais. É importante salientar que essa divisão não está relacionada ao tamanho da molécula de cada mineral, mas sim a quantidade que estes minerais são encontrados nos tecidos corporais e consequentemente a quantidade que são exigidos.
Cada um dos minerais, seja macro ou micro, apresenta um papel importante para os ruminantes, principalmente nos quesitos: imunidade, desempenho, reprodução e produção de leite.
Macrominerais
- Cálcio (Ca);
- Fósforo (P);
- Cloro (Cl);
- Magnésio (Mg);
- Potássio (K);
- Sódio (Na);
- Enxofre (S).
Esses minerais apresentam funções diversas no organismo, como por exemplo sendo componentes estruturais do esqueleto e outros tecidos corporais, transmissão de impulsos nervosos e pressão osmótica, dentre outras importantes funções.
Microminerais
- Cromo (Cr);
- Cobalto (Co);
- Cobre (Cu);
- Ferro (Fe);
- Iodo (I);
- Manganês (Mn);
- Molibdênio (Mo);
- Níquel (Ni);
- Selênio (Se);
- Zinco (Zn).
Os microminerais são componentes em enzimas e agem também como componentes em hormônios no sistema endócrino. Apresentam grande importância para a manutenção da saúde e, consequentemente, do desempenho dos animais.
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