O período de desmame dos bezerros acontece dos 6 a 8 meses pós parto dos animais, onde estes já são considerados ruminantes e tem total capacidade de utilizar da forragem e da suplementação como exclusivas fontes de alimentos para suprir sua demanda de energia, proteína, minerais, vitaminas.
De maneira geral, se considerarmos uma estação de monta de 3 meses (novembro, dezembro e janeiro) teremos a parição de agosto a outubro e consequentemente a desmama ocorrerá nos meses de abril a junho. Época essa onde temos um cenário de seca no Brasil, com baixa oferta de forragem.
Após a separação os bezerros devem ser alocados em pastagens adequadas, afastados de suas mães.
Esse sistema de desmama “tradicional” pode trazer malefícios aos animais, vacas em baixa condição corporal demoram mais tempo para sair do anestro e manifestarem seu primeiro cio pós parto. O estresse causado pela separação, leva a uma queda na imunidade dos bezerros abrindo portas para doenças e fazendo com que esse animal perca peso nas primeiras semanas pós desmama.
Temos algumas alternativas para amenizar esse estresse da separação, um deles é deixar mães e crias em piquetes lado a lado, o contato visual entre eles leva a uma maior tranquilidade para ambos os lotes. Todavia, tal manejo tem suas exigências, é necessário que se construa cercas apropriadas que evitem possíveis mamadas e eventuais “varadas” de cerca.
O compartilhamento do cocho de suplementação e do bebedouro, ambos divididos pela cerca, também auxiliam no melhor desempenho dos bezerros.
A suplementação com minerais orgânicos e aditivos que são encontrados na nossa linha Potencial A (Prime Beef para animais de recria e Nutrigen para vacas) e no pro@ 20, melhoram a imunidade dos animais e diminuem o estresse da separação.
Nos bezerros temos um melhor desempenho pós desmama e nas mães essa recarga de nutrientes tendem a diminuir o anestro levando as vacas a entrarem em cio mais rápido mesmo em baixa condição corporal.
Aproveitando do manejo de desmama, devem ser feitas também pesagem, identificação, vermifugação e vacinação para eventuais doenças que ocorram na região.
Artigo escrito por Francisco Montanaro Neto
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