As pastagens são fundamentais em sistemas de produção de bovinos no Brasil, seja qual for o modelo: cria, recria, engorda ou produção de leite, com cerca de 87% dos animais nascidos no Brasil produzidos à pasto (ABIEC,2019). É importante lembrar que as pastagens são fontes de fibras e minerais imprescindíveis no desenvolvimento animal, além disso o Brasil apresenta características tropicais que são ideais para a maioria das espécies forrageiras e utilização dessas plantas é uma estratégia eficaz na pecuária nacional.
Entretanto a pastagem necessita de cuidados especiais para a potencialização da sua produção, seja pela altura de entrada e saída do pasto, sendo responsável pela colheita de toda a massa produzida, da mesma forma a fertilidade do solo que são fundamentais pelo bom desenvolvimento do capim e a espécie escolhida de acordo com as características regionais da fazenda, seja pela quantidade de chuva ou até mesmo a incidência solar, área disponível, incidência de pragas, doenças ou plantas invasoras e a taxa de lotação.
O manejo do pastejo pode ser feito das mais diversas formas, seja ele contínuo, em faixas, alternado ou rotacionado. A divisão dos pastos garante um maior período de descanso para a pastagem, fazendo com que a produção seja potencializada, uma vez que enquanto uma área for consumida, outra estará crescendo novamente e será utilizada em seguida. Além destas técnicas de manejo, existe a conservação de alimentos volumosos também como alternativa eficaz, seja em forma de ensilagem, feno e/ou vedação de pasto.
As pastagens tropicais são conhecidamente deficientes em alguns nutrientes, devido as características dos solos mais antigos que acabam não apresentando determinados minerais, como por exemplo o fósforo. Desta forma, a suplementação se faz necessária em diversos momentos, seja pela própria ausência dos nutrientes na planta, ou até mesmo pela sazonalidade de produção, a qual é caracterizada pela produção mais expressiva na época das águas, chegando a 80% do total anual e uma menor produção nos meses de estiagem, fazendo com que o produtor necessite elaborar estratégias para suprir o fornecimento de fibras aos animais com nutrientes necessários ao bom desenvolvimento dos mesmos nos períodos de menor produção.
Sendo assim, o manejo das pastagens é fundamental no funcionamento de sistemas de produção de bovinos, seja de corte ou de leite, podendo potencializar ganhos através do menor investimento aplicado e uma maior produção alcançada por meio de uma maior massa de forragem produzida com o auxílio da suplementação, o qual supre as deficiências da mesma.
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Artigo técnico escrito por Lucas Pincof