Os alimentos volumosos são parte fundamental na dieta de bovinos, seja de corte ou de leite, responsáveis pelo aporte de fibras na dieta com impacto sobre o metabolismo dos animais e funcionamento correto do trato digestivo. Entretanto a disponibilidade desses alimentos é diretamente influenciada pelo meio, seja pela temperatura e também pela quantidade de chuvas, sendo assim a produção dos mesmos é diferente em períodos de chuvas e de seca, tendo uma produção de cerca de 80% do total anual na época das águas.
Sendo assim, a conservação de volumosos para o inverno é uma estratégia necessária para o bom funcionamento do sistema, as técnicas são as mais diversas, seja através da vedação de pastos, a qual se baseia em não colher as pastagens de uma determinada área a qual será utilizada em períodos posteriores, a quantidade de talos e folhas mortas é maior nessa estratégia, entretanto para um sistema que visa o fornecimento de fibras, essa estratégia e bastante funcional.
Além da vedação de pastos, outras técnicas disponíveis são: ensilagem, a qual pode ser feita de diversas culturas, como o milho, sorgo, capim, cana de açúcar e diversas outras plantas, essa técnica consiste na compactação e fermentação da massa verde colhida, com o intuito de prolongar a sua durabilidade e conservação dos nutrientes nela presente, essa prática é bastante funcional e o seu custo benefício é interessante, pela alta qualidade do volumosos ofertado aos animais, isso quando as técnicas de produção são praticadas de maneira correta.
A fenação é outra técnica de conservação de volumosos, muito utilizada na nutrição de equinos, demanda maior desprendimento de recursos e técnicas complexas em sua confecção e armazenagem. Muito utilizada em situações especificas, as quais dependem da localidade e o nicho de produção adotado na propriedade.
Desta forma o planejamento da produção de alimentos volumosos deve ser feito de maneira antecipada, não somente como uma saída à falta de pasto na chegada da seca, uma vez que durante o período das águas a produção de matéria verde é potencializada, gerando em diversas situações excedentes que podem ser conservados e utilizados no inverno, amenizando a sazonalidade de produção das plantas forrageiras.
Essas técnicas podem ser um divisor de águas na produção, uma vez que a lotação da propriedade além de não diminuir em épocas de menor produção de pasto, podem até aumentar, fazendo com que o giro de animais durante o ano seja maior e consequentemente a produção da fazenda potencializada.
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Artigo técnico escrito por Lucas Pincof