Na terminação de bovinos, o confinamento apresenta-se como uma
ótima estratégia para a intensificação da produção, onde permite-se
atingir maior ganho de peso de maneira mais rápida, além de
propiciar uma melhoria na padronização do acabamento da
carcaça.
Entretanto é uma fase bastante complexa e de alto investimento,
onde torna-se imprescindível o planejamento e gestão eficaz da
produção.
Nesse contexto, alguns detalhes são decisivos para o sucesso da
atividade e devem ser executados categoricamente. Assim, citamos
alguns pontos cruciais para o bom funcionamento da operação.
Pensando-se no início do confinamento é imprescindível a divisão
criteriosa e homogênea dos lotes, considerando sexo, idade, peso,
escore e condição sexual por exemplo, o que refletirá diretamente
no desempenho do animal.
Quanto melhores as condições para o animal, mais este poderá
expressar seu máximo potencial, assim, a estrutura de
confinamento deve apresentar área adequada bem como facilidade
de acesso ao cocho e bebedouro.
É indispensável o fornecimento de água de qualidade de maneira
eficiente, a água corresponde a cerca de 60% da composição
corporal do bovino e seu consumo está diretamente ligado ao
processo digestivo. Em média um bovino consome de 4,5 litros de
água a cada 1kg de matéria seca ingerida, o que reflete e muito no
ganho de peso do animal.
Tratando-se de nutrição, a mudança drástica da dieta pode
acarretar em sérios problemas metabólicos além de um alto
estresse ao animal, desse modo, é fundamental atenção na
formulação e adaptação dos animais à dieta de confinamento,
respeitando o tempo de modificação da microbiota ruminal para
digestibilidade eficiente da nova dieta.
Sem dúvidas, o olhar atento na identificação e mensuração das
falhas e desafios nas operações diárias impactará no resultado
final, possibilitando através de indicadores o planejamento focado e
objetivo para otimização da produção. Dessa forma uma equipe
treinada e comprometida com o resultado, tem papel essencial para
o sucesso da atividade.
Artigo escrito por Breno Betioli