Todos sabemos que o proteinado é de extrema importância aos animais, principalmente no tempo de seca. Mas quando e por que fornecer?
No Brasil temos a sazonalidade de produção, onde no verão temos condições favoráveis para as plantas forrageiras expressarem seu máximo potencial produtivo, já no período de inverno, os fatores climáticos limitam a produção das gramíneas tropicais.
O que acontece com o pasto durante a época seca do ano??
· Queda drástica na qualidade;
· Redução importante na concentração de proteína bruta;
· Aumento importante na fração indigestível da fibra, ou seja, a planta se torna menos digestível, menos degradável nessa época das secas;
· Queda no consumo dos animais;
· As bactérias do rúmen não conseguem degradar de forma eficiente o capim
· Redução na produção animal.
Nesse sentido é necessário investir nas tecnologias de nutrição disponíveis no mercado para continuarmos obtendo resultado e lucratividade na criação dos animais.
O objetivo da suplementação proteica é complementar aquilo que falta no pasto, que normalmente nas secas o maior limitante da produção é a proteína e a energia, visando evitar a perda de peso e garantir o bom desempenho dos animais.
Assim a base da suplementação de bovinos de corte nas secas, em ambiente tropical como o brasil, é corrigir a deficiência de proteína
A principal característica dos suplementos proteicos é que eles contêm proteína na forma de ureia e de proteína verdadeira para favorecer a multiplicação das bactérias ruminais responsáveis pela digestão e degradação do capim seco.
Por que proteinado na seca dá resultado?
Proteinado é um suplemento que a sua característica é de um consumo da ordem de 0,1 a 0,3% do peso vivo animal, com níveis de proteína bruta acima de 25%, sendo que em torno de dois terços dessa proteína bruta é na forma de ureia, ele dá resultado pois nitrogênio é o nutriente mais limitante no pasto seco. Sua deficiência leva a um baixo crescimento dos microrganismos ruminais, esses por sua vez são responsáveis pela degradação da fibra.
Essa baixa degradação da fibra leva a uma baixa disponibilidade de energia para o animal e consequentemente queda na produção. Quando fornecemos proteinado a deficiência do rúmen é corrigida, e como consequência o baixo crescimento de microorganismos é revertido.
Esses microrganismos começam a crescer de forma mais rápida, a baixa degradação da fibra advinda da deficiência de nitrogênio deixa de existir, e consequentemente há um aumento na produção de ácidos graxos voláteis e maior disponibilidade de energia para o animal.
Artigo escrito por Vinicios Tomé
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