O período seco desafia significativamente a pecuária brasileira, com reduções na qualidade e quantidade de forragens disponíveis. Devido a isso, o desempenho dos bovinos tende a ser insatisfatório quando não recebem suplementação adequada de proteínas, energia e minerais. Neste artigo, discutiremos como a suplementação proteica pode ajudar a superar os desafios nutricionais da estação seca.
Durante o período seco, a deficiência proteica é comum, pois a forragem disponível oferece pouco desse nutriente, o que provoca uma série de problemas metabólicos e de desempenho. As proteínas são essenciais para o crescimento e reparo dos tecidos musculares, além de sintetizar enzimas e hormônios. Elas também desempenham um papel crucial na fermentação ruminal, garantindo a digestão eficiente da forragem de baixa qualidade que os bovinos consomem nessa época.
Quando os níveis de proteína no rúmen estão adequados, eles sustentam esses processos, garantindo a digestão do capim, mesmo que ele seja alto em fibras e de baixa qualidade nutricional. Nesse contexto, a suplementação proteica mantém a produtividade, a saúde e o bem-estar dos animais. O uso de suplementos proteicos melhora a eficiência alimentar, permitindo que os animais convertam o alimento ingerido em energia, leite ou carne de forma mais eficaz.
A deficiência de proteína também afeta negativamente a fertilidade dos animais devido à falta de energia necessária para manter os processos vitais. A suplementação adequada mantém ciclos reprodutivos regulares nas fêmeas e a qualidade do sêmen nos machos. Implementar estratégias adequadas de suplementação proteica faz uma diferença significativa na rentabilidade e no sucesso da pecuária durante os períodos de escassez. Isso aumenta o consumo de forragem e a digestibilidade dos alimentos ingeridos, eliminando o problema do “boi sanfona”.
Tipos de suplementos proteicos
A suplementação mineral com ureia é uma prática comum e ajuda a suprir as deficiências nutricionais durante a seca. Quando fornecida de maneira adequada, a ureia atua como fonte de nitrogênio não proteico, liberando amônia no rúmen, que as bactérias ruminais utilizam. Este aumento na população microbiana do rúmen é essencial para otimizar a fermentação e aumentar a digestibilidade da fibra, permitindo que os bovinos aproveitem ao máximo os nutrientes disponíveis no capim.
No entanto, a suplementação mineral com ureia, apesar dos benefícios, não é suficiente para alcançar altos resultados de desempenho. Para fornecer a proteína necessária ao crescimento, desenvolvimento muscular e manutenção da saúde geral do rebanho, os suplementos proteicos são indicados. Suplementos de baixo consumo, como os de 1 grama por quilo de peso vivo, são especialmente úteis durante o período de seca ou quando a qualidade da forragem é comprometida.
Os suplementos com consumo de 3 a 5 gramas por quilo de peso vivo, incluem ureia, farelos e coprodutos proteicos como fontes de proteína, e milho ou sorgo como fontes de energia, sendo conhecidos como suplementos proteico-energéticos. A utilização deste tipo de suplemento é uma abordagem eficaz para melhorar o desempenho dos animais e maximizar a utilização dos recursos forrageiros. Ele proporciona nutrientes limitantes, como nitrogênio para ajustar a proteína da dieta, e adiciona energia, permitindo maior ganho de peso.
Garantir uma suplementação proteica adequada durante o período seco é essencial para manter a saúde, produtividade e bem-estar dos animais. Um manejo nutricional cuidadoso pode minimizar os impactos negativos desse período, assegurando a continuidade da produção com eficiência e qualidade. A escolha entre os tipos de suplementos depende das condições da fazenda, das necessidades do rebanho e dos objetivos de produção. A suplementação deve ser ajustada conforme a necessidade dos animais e a disponibilidade de outros alimentos. Para maximizar os resultados da sua fazenda, entre em contato conosco e solicite atendimento técnico específico.
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Texto: Rayane Bezerra